Resumo: Sabe-se que a pecuária é uma parcela do agronegócio que move a economia do país, e incluso está a produção leiteira, que tem, a cada ano seu desenvolvimento elevado, de forma em que é priorizado a eficiência no aumento de sua produção, com o objetivo de suprir a demanda, e a maior rentabilidade do produtor. Diante disso, medidas de manejo reprodutivo e alimentar são adotadas, sendo estas capazes de elevar a produtividade com o menor custo possível. O trabalho objetivou (...) pautar acerca do conhecimento sobre o manejo nutricional correto e escore corporal, que afetam diretamente a produtividade do animal, o conhecimento acerca do ciclo reprodutivo de vacas, expondo a detecção de estro, bem como metodologias eficazes aplicadas na reprodução, e práticas de bem estar, que, quando ausente, é apontado como um dos precursores da ineficiência reprodutiva. Palavras-chave: Inseminação Artificial 1; detecção de cio 2; leite 3. Abstract: It is known that livestock is a part of agribusiness that drives the country's economy, and is even milk production, which has, every year, its high development, so that it is prioritizing efficiency in increasing its production, with the objective of supplying the demand, and the greater producer profitability. Therefore, reproductive and food management measures are adopted, being able to increase productivity with the lowest possible cost. The work aimed guide about knowledge about correct nutritional management and body score, which affect directly the animal's productivity, knowledge about the reproductive cycle of cows, exposing estrus detection, as well as effective methodologies applied in reproduction, and practices of well-being, which, when absent, is pointed out as one of the precursors of inefficiency reproductive. Keywords: Artificial Insemination 1; heat detection 2; milk 3. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALFIERI, A. A. LEME, R. ALFIERI, A.F. 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Pocos otros temas despiertan más polémicas que el de los vínculos entre filosofía y política: que quienes se dedican a la filosofía no deben verse influenciados por la política, que si a la política le corresponde ser auxiliada por la filosofía, que si el saber filosófico tiene que desligarse de las posiciones políticas, que si a las instituciones académicas de las humanidades les conviene independizarse del poder de turno, etc. Todas estas son discusiones que heredamos (no sin reformularlas y, por (...) lo tanto, retransformarlas) desde la Antigüedad, en la que ya aparecería, de la mano de Platón, la figura del rey filósofo. Este libro reúne una variedad de abordajes que atraviesan debates sobre juicios de hecho y de valor, sobre la democra-cia como forma de gobierno y sobre la intervención de la historia en el vínculo de la filosofía y la política. Recuperando el pensamiento antiguo y moderno, pero concentrándose en la obra de intelectuales contemporáneos, los autores ponen en movimiento dilucidaciones de grandes como Max Weber, Jacques Rancière, Louis Althusser, Philippe Lacoue-Labarthe y Leo Strauss, entre otros. Así, ofrecen aquí un vívido panorama de las controversias que habitan los entrecruzamientos entre filosofía y política, coronando el volumen con la traducción de un texto de Claude Lefort, hasta el momento inédito en español. (shrink)

The purpose of this paper is an attempt to delimitate what the dialectical syllogism looks like in Aristotle’s Topics. Aristotle never gave an example of a dialectical syllogism, but we have some clues spread over books I and VIII of the Topics which make it possible to understand at least what within a dialectical debate is a dialectical syllogism. The interpretation advanced here distinguishes the logical order of the dialectical argumentation from the order of the debate. This distinction enables us (...) to have a better understand of what is and how the dialectical syllogism is identified in the debate. In addition, we can solve some interpretative difficulties other interpretations could not solve, and have a more solid grasp of how endoxa are used in a dialectical debate. (shrink)

In this paper, I analyse EE I 6, where Aristotle presented a famous methodological digression. Many interpreters have taken this chapter as advocating a dialectical procedure of enquiry. My claim is that Aristotle does not keep a dialectical attitude towards endoxa or phainomena in this chapter. In order to accomplish my goal, I shall show that EE I 6 does not provide enough evidence for the dialectical construal of it, and that this construal, in turn, hangs on some assumptions brought (...) out from other Aristotelian works (EN and Top.), which do not provide good evidence as well. By the analysis of these assumptions, I intend to show that Aristotle is not carrying out any sort of dialectic, especially dialectic conceived as conceptual analysis seeking the salvage of phainomena or endoxa. (shrink)

O presente artigo aduz a interpretação de Martin Heidegger do conceito de ἀλήθεια – tradicionalmente traduzido por verdade – na filosofia de Platão, a partir da célebre alegoria da caverna presente na República. Segundo o posicionamento inicial de Heidegger, ἀλήθεια era originalmente pensada pelos gregos como desvelamento até Platão, com quem o sentido do termo se transforma e passa a expressar a retitude da percepção. Contudo, as críticas filológicas proferidas contra Heidegger por Paul Friedländer fizeram com que seu posicionamento (...) histórico-filológico inicial fosse em certa medida alterado, passando a sustentar que os gregos antigos, embora tivessem experimentado o acontecimento original de ἀλήθεια, não foram capazes de expressá-lo como tal. Por conseguinte, Heidegger também abandonou a tese de que houve em Platão uma mudança essencial no sentido de ἀλήθεια. (shrink)

In this paper we present applications of the ACGT Master Ontology (MO) which is a new terminology resource for a transnational network providing data exchange in oncology, emphasizing the integration of both clinical and molecular data. The development of a new ontology was necessary due to problems with existing biomedical ontologies in oncology. The ACGT MO is a test case for the application of best practices in ontology development. This paper provides an overview of the application of the ontology within (...) the ACGT project thus far. (shrink)

The first aim of this note is to describe an algebraic structure, more primitive than lattices and quantales, which corresponds to the intuitionistic flavour of Linear Logic we prefer. This part of the note is a total trivialisation of ideas from category theory and we play with a toy-structure a not distant cousin of a toy-language. The second goal of the note is to show a generic categorical construction, which builds models for Linear Logic, similar to categorical models GC of (...) [deP1990], but more general. The ultimate aim is to relate different categorical models of linear logic. (shrink)

Science is our most reliable producer of knowledge. Nonetheless, a significant amount of evidence shows that pluralities of members of publics question a variety of accepted scientific claims as well as policies and recommendation informed by the scientific evidence. Scientific misinformation is considered to play a central role in this state of affairs. In this paper, I challenge the emphasis on misinformation as a primary culprit on two grounds. First, the phenomenon of misinformation is far less clear than what much (...) discussion about the topic would lead one to believe. The evidence regarding the amount of misinformation that exits as well as its role in people’s harmful behaviors is at best conflicting and at worst completely useless. Second, the prominence given to misinformation and its harms on people’s behaviors disregards the role of values in policymaking and treats scientific information as if it were the only information necessary to make policy decisions. At a minimum, these problems call for caution regarding the emphasis on this phenomenon. After all, if the problem is incorrectly diagnosed, the solutions that are being offered to address the problem of misinformation are bound to at best inadequate and at worst dangerous. (shrink)

En el mundo académico contemporáneo han venido tomando fuerza, desde hace varias décadas, los temas de la interdisciplinariedad y la transdisciplinariedad, como respuesta de un sector de la comunidad científica a los problemas de la especialización y a la desconexión entre las ciencias. Como todo elemento o aspecto de la realidad, este tema requiere de una debida fundamentación filosófica que se encuentra en el pensamiento clásico. En el presente artículo se intenta mostrar la relación entre la tradición de la filosofía (...) perenne y este fundamento, atendiendo, sobre todo, a la importancia de la mirada holística del fenómeno ético y pretendiendo sustentar que el diálogo entre las ciencias sólo es posible rescatando el paradigma metafísico, legado por los griegos a la civilización occidental y defendido por MacIntyre en su libro "Ethics in the Conflicts of Modernity. An Essay on Desire, Practical Reasoning, and Narrative" (University of Cambridge, 2016). (shrink)

In this paper, we identify a class of responses to cases of manipulation that we label manipulator-focused views. The key insight of such views is that being subject to the will of another agent significantly affects our freedom and moral responsibility. Though different authors take this key insight in different directions, and the mechanics of their views are quite different, these views turn out to share many key components, and this allows us to discuss several authors’ views at the same (...) time, highlighting a variety of challenges for such views and helping to identify pitfalls to avoid in further developments of views of this type. Moreover, as we survey manipulator-focused views and the challenges that plague them, we go beyond the typical problem cases for such views—natural force variations of manipulation cases—and introduce several new manipulation cases. We conclude by comparing the prospects for this family of views with its main rival, namely bypassing views. (shrink)

Our aim is to argue for a deflationary interpretation of Aristotelian dialectic in the Topics, showing that dialectic is, for Aristotle, a specific sort of regulated debate, in contrast to a widely spread kind of interpretation which conceives dialectic as a method of philosophical investigation. Our claim is that an analysis carefully conducted of certain key texts does provide us with sufficient evidences for defending that the Topics is a handbook which codifies an existent art. This codification has a descriptive (...) character and reveals the rules of the debate, what is the specific kind of argument used in it, how premises are obtained and the predicative relation of the propositions used by the debaters. The mastery of the techniques required by the debate is not grounded in any sort of particular knowledge, rather in linguistic competence. It is by doing a technical usage of this competence that the Topics can be useful for philosophy. (shrink)

My aim in this paper is twofold: I will try to clarify what the conditions developed in EN I a discipline or an argument must meet to be assumed as precise are, and, then, try to present evidence that the exam of akrasia in EN VII 3 meets these conditions. In the first part of this paper, I will select passages in which such conditions are displayed, and also distinguish between practical precision and theoretical precision. In the second part, where (...) the analysis of the senses of having but not using knowledge in EN VII 3 is carried on, I will claim that Aristotle’s objective is reaching the adequate statement of the explanandum that will be the subject of causal enquiry of akrasia. My concluding remarks will claim that the conditions displayed in this paper’s first part are met by Aristotelian procedure in EN VII 3. (shrink)

Objective of the study: To analyze the costs and profits of sugarcane production regarding the cultural practices of sugarcane suppliers. Methodology/approach: This study positions itself in this gap by comparatively analyzing 6 types of cultural practices: unraveling, windrowing, application of correctives, herbicides, insecticides and fertilizers, with the option of two systems Fixed rate (TF) and Variable rate (TV). Originality/Relevance: Brazil is a world reference in sugarcane production, with the State of São Paulo being the largest Brazilian producer. However, for sugarcane (...) suppliers to maintain this activity there is a need to reduce production costs and increase profitability/ha. However, there is a theoretical-practical gap in the financial assessment (costs and profits) of different cultural practices inherent to sugarcane production. Main results: The results demonstrated that the costs of cultural practices represent more than 30% of the total sugarcane production costs. The TF system proved to be more cost-efficient in the following operations: correctives, herbicides and insecticides. In the application of fertilizers, the TV system, in broadcast mode, had the best result. Finally, the profit/ton was R$1.70, demonstrating a very low profit margin/ha given the risk of the activity. Theoretical/methodological contributions: The sample for this research comprised 55 sugarcane suppliers from the State of São Paulo, whose data were obtained through a survey. The comparative analysis was based on the difference in costs of cultural practices and the estimation of the level of certainty (profit/costs), analyzed through the cumulative frequency carried out through the Monte Carlo Simulation (SMC). (shrink)

This manuscript presents an English translation of the work titled “Begründung Einer Strengen Implikation” by the German logician and mathematician Wilhelm Ackermann (1896-1962), first published in June 1956.

O ensino de filosofia seguiu uma rota tortuosa desde a colônia até os tempos atuais. O breve histórico desse percurso tem o objetivo de reafirmar a necessidade dessa disciplina no currículo escolar, sobretudo porque sempre há aqueles que a consideram de pouca importância. No entanto, em um mundo cada vez mais pragmático, a formação exclusivamente técnica de nossos jovens dificulta o processo de conscientização crítica, além de desprezar a herança de uma sabedoria milenar. Os primeiros tempos No Brasil, desde o (...) século XVI, o ensino de filosofia fazia parte do chamado curso de artes oferecido pelos jesuítas aos filhos de colonos que concluíam o primeiro nível de letras humanas. É bem verdade que apenas alguns colégios dispunham desse curso, voltado exclusivamente para a elite colonial portuguesa. A base do ensino de filosofia era a tradição escolástica, e, mesmo durante os séculos seguintes, não houve interesse em abordar as conquistas das ciências modernas, já vigentes desde o século XVII, na perspectiva de Francis Bacon e das descobertas de Galileu Galilei. Do mesmo modo, não eram ensinadas as teorias de René Descartes e John Locke. Inspirado nos ideais da Contrarreforma, o ensino jesuítico reafirmava a autoridade da Igreja e dos clássicos, com o controle sobre as informações a que os alunos teriam acesso. No século XVIII, os fundamentos aristotélico-tomistas perduraram, com raras exceções, apesar de o marquês de Pombal ter expulsado os jesuítas. O próprio Pombal permitiu a divulgação de algumas dessas obras "esclarecidas", mas cuidou de elencar uma lista das proibidas. Contrariando o controle, as novas ideias circulavam no Brasil por meio de estudantes formados pela Universidade de Coimbra e também pela venda clandestina de panfletos e cópias manuscritas. Desse modo, nas aulas régias, instituídas por Pombal para substituir as escolas dos jesuítas, no geral foi mantida a educação elitista, livresca, desfocada da realidade brasileira durante o império e a república. Apesar do controle, havia exceções, nas poucas vezes em que intelectuais, professores e conhecedores de bibliografia atualizada ensinavam disciplinas como ciências modernas, filosofia e matemática. Algumas congregações religiosas, como a dos franciscanos, também se interessavam pelas contribuições científicas e filosóficas de seu tempo. Ensino de filosofia: entre facultativa e obrigatória A partir do século XIX, predominou um vaivém entre a filosofia como disciplina obrigatória ou facultativa. Com a criação de cursos jurídicos no Brasil, na década de 1820 - em São Paulo e Recife -, a filosofia tornou-se disciplina obrigatória do ensino médio, como pré- requisito para o ingresso ao curso superior, reforçando o caráter propedêutico daquele curso. Em 1915, uma reforma de ensino tornou a filosofia disciplina facultativa, mas o ministro Francisco Campos tentou reverter esse quadro em 1932, tornando-a novamente obrigatória. Conhecido pela atuação no movimento da Escola Nova, Campos aliou seus esforços aos de figuras importantes da pedagogia brasileira, como o sociólogo Fernando de Azevedo e o filósofo e educador Anísio Teixeira. A tendência escolanovista era renovadora e se fazia necessária diante da situação econômica do Brasil. Com o início da industrialização, surgia a necessidade de melhorar a escolarização, sobretudo para os segmentos urbanos. Francisco Campos introduziu as disciplinas de lógica, sociologia e história da filosofia no currículo escolar. Com a Reforma Capanema, em 19142, o ensino secundário dividiu-se em ginasial e colegial. Este último foi subdividido em científico, com ênfase no estudo de ciências, e clássico, que privilegiava a formação em humanidades. Nesse contexto, a filosofia se constituiu como disciplina obrigatória em um dos três anos do científico e em dois anos do curso clássico, com proposta de programa bastante extenso. No entanto, uma sequência de portarias reduziu gradativamente o número de horas-aula da disciplina, por fim, restrita ao último ano do colegial. Em 1961, foi promulgada a nossa primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBJ, a Lei n. 4.024, ocasião em que o ensino de filosofia perdeu a obrigatoriedade. Período da ditadura militar Durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), as aulas de filosofia foram extintas pela Lei n. 5.692, de 1971. Essa lei reformou o então chamado ensino de 1º e 2º graus e introduziu o ensino profissionalizante, de acordo com a tendência tecnicista proposta pelos acordos entre militares e tecnocratas. Um dos objetivos era adequar a educação às exigências da sociedade industrial e tecnológica, com economia de tempo, esforços e custos. A educação tecnicista encontrava-se imbuída dos ideais de racionalidade, organização, objetividade, eficiência e produtividade, como se fosse uma empresa: esperava-se que, ao terminar cada um dos níveis, o aluno estivesse capacitado para ingressar no mercado como força de trabalho, caso necessário. Para implantar o projeto de educação proposto, o governo militar não revogou a LDB de 1961, mas introduziu alterações e fez atualizações. Enquanto a aprovação da LDB resultara de amplo debate na sociedade civil, o governo autoritário regulamentou as leis do ensino universitário (Lei n. 5.540/1968) e do ensino de 1º e 2º graus (Lei n. 5.692/1971) de maneira impositiva. Diversos acordos, conhecidos como MEC-Usaid (Ministério da Educação e Cultura e United States Agency for International Development), ofereceram assistência técnica e cooperação financeira para implantar a reforma. A habilitação profissional constituiu-se em um emaranhado de "ofertas" que chegavam a 130 habilitações profissionais distribuídas conforme os cursos e as regiões do país. Algumas disciplinas desapareceram, como a de filosofia, e outras foram aglutinadas. Por sua vez, a inclusão de Moral e Cívica no primeiro nível e de Organização Social e Política no segundo exerceu a clara intenção de doutrinamento político. Há controvérsias em torno da extinção da filosofia do currículo escolar. Para alguns, a extinção revelava a intenção explícita dos governos militares de evitarem o desenvolvimento do pensamento crítico. Outros analisam de modo diferente, alegando que, com raríssimas exceções, o ensino da filosofia reduzia-se à história da filosofia, com ênfase na memorização, não representando, portanto, nenhuma ameaça ao regime de exceção, por desempenhar papel submisso e nada subversivo. Além disso, de acordo com o viés tecnicista da reforma, havia necessidade de mais espaço para incluir disciplinas voltadas para a habilitação profissional. Já nas universidades, era possível notar o crescente desprestígio da filosofia, tendo ocorrido perseguição a professores, muitos deles exilados. Todavia, o propósito de formar profissionais, conforme propunha a nova lei, não se concretizou. A escola pública se fragilizou ainda mais, enquanto algumas boas escolas da rede particular encontraram meios de contornar a lei e oferecer um ensino de qualidade com os mesmos conteúdos que visavam desenvolver o espírito crítico e, portanto, a capacidade de seus alunos pensarem por si mesmos. Em 1982, no clima da abertura democrática, a Lei n. 7.01-114 permitiu a reinserção da filosofia no currículo como optativa, a critério do estabelecimento de ensino. Nada foi conseguido sem esforço, mas com trabalho intenso e pressão da sociedade civil. Associações especialmente criadas para esse fim aglutinaram professores de cursos secundários e superiores para promoverem encontros, movimentos de protesto e contatos com autoridades governamentais, no esforço conjunto para alcançar aquele objetivo. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n. 9.394/1996 Após a aprovação da Constituição brasileira de 1988, restava elaborar a lei complementar para tratar das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A primeira LDB, de 1961, levara muito tempo para ser aprovada e ofereceu no final um texto já envelhecido. Devido a esse fato, havia interesse em acelerar a regulamentação da nova LDB, o que ocorreu em dezembro de 1996, com a publicação da Lei n. 9.394. O primeiro projeto da nova LDB baseou-se em amplo debate, não só na Câmara, mas também na sociedade civil, além de várias entidades sindicais, científicas, estudantis e segmentos organizados da educação. O projeto original exigiu do relator Jorge Hage importante trabalho de finalização, já que a nova lei não resultaria de exclusiva iniciativa do Executivo, e sim do debate democrático da comunidade educacional. No entanto, com apoio do governo e do ministro da Educação, o senador Darcy Ribeiro apresentou outro projeto que começara a ser discutido paralelamente e que terminou por ser aprovado. Como ficou a situação do ensino de filosofia? Apesar do movimento consistente que continuava defendendo o retorno da filosofia ao ensino médio, foi grande a decepção. Vejamos por quê. Ao estabelecer as finalidades da educação básica e as diretrizes dos conteúdos curriculares, essa lei destacava a importância da formação para o exercício da cidadania, a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos e de respeito ao bem comum e à ordem democrática. Foi recomendado também o aprimoramento do educando como pessoa humana, por meio de formação ética e desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. Conforme a LDB sob Lei 9.394/98: Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes: I – a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II – consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; III – orientação para o trabalho; IV – promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não- formais. Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. Por fim, ficou claro no artigo 36, parágrafo 1º, inciso III (revogado pela Lei n. 11.684, de 2008), que os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação deveriam ser organizados de tal maneira que ao final do ensino médio o educando demonstrasse "domínio dos conhecimentos de filosofia e de sociologia necessários ao exercício da cidadania". Embora a educação para a cidadania constituísse um objetivo visado por qualquer disciplina, com mais razão o professor de filosofia teria condições de abordá-la explicitamente, não só por tomá-la como um de seus conteúdos, mas principalmente pelo seu caráter problematizador e argumentativo, próprio da filosofia. Portanto, seria válido supor que o artigo 36 definisse a reinserção da filosofia no currículo, ministrada por profissional formado na área, o que de fato não se concretizou, e o ensino de filosofia permaneceu como não obrigatório. Posteriormente, conforme a Resolução CEB n. 3/1998, "as propostas pedagógicas das escolas deverão assegurar o tratamento interdisciplinar e contextualizado para os conhecimentos de filosofia e de sociologia necessários ao exercício da cidadania" (artigo 10, parágrafo 2º, alínea b]. Ou seja, professores de outras disciplinas seriam responsáveis por esses "temas transversais", orientação que prevaleceu nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Um pouco antes, em 1997, dando continuidade a anseios de educadores, o deputado federal Padre Roque Zimmermann apresentara projeto de lei para tornar obrigatório o ensino de filosofia e sociologia no currículo do ensino médio. Após sua aprovação no Senado, em 2001, o projeto foi vetado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Finalmente, em 2008, o artigo 36 da LDB sofreu alteração, tornando obrigatório o ensino de filosofia e de sociologia no currículo do ensino médio, por meio da Lei n. 11.684/2008. Na sequência da aprovação, continua em andamento a implantação desse projeto de ensino. Esperamos que o espaço conquistado não venha a sofrer mais tarde nova retração. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2016. BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Ciências humanas e suas tecnologias. In: Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica, 2006. ______________________________________. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. Disponível em: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Biblioteca do Senado. Acesso em: 11 Jun. 2019. ______________________________________. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Médio: Bases Legais. Brasília: MEC, 1999. ______________________________________. Resolução CEB n° 3 de 1998. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC, 1998. Disponível em: Resolução CEB n° 3 de 1998. Acesso em: 11 Jun. 2019. KOHAN, W. O. (Org.). Políticas do ensino de filosofia. Rio de Janeiro: DP6A, 2014. (shrink)

Assessment of those with whom one finds oneself in dispute is indispensable in the epistemology of disagreement. The assessment of one’s opponents is necessary in order to determine whether a particular disagreement constitutes evidence of a likely error in one’s own understanding. However, assessment of an opponent’s capacity to know the matter in dispute is only possible when the conditions for knowledge are not themselves open to debate. Consequently, epistemic significance can only be recognised in disagreements among those who are (...) in tacit or explicit agreement about what constitutes justification in a given case. The result is that the epistemic significance that disagreement possesses is always strictly conditional upon prior assumptions. The difference between a peer disagreement and a non-peer disagreement cannot indicate whether one is or is not more likely to be right than one’s opponent in an absolute sense, only whether one is or is not more likely to be right given the presupposed conditions. (shrink)

Over the past decade, attention to epistemically significant disagreement has centered on the question of whose disagreement qualifies as significant, but ignored another fundamental question: what is the epistemic significance of disagreement? While epistemologists have assumed that disagreement is only significant when it indicates a determinate likelihood that one’s own belief is false, and therefore that only disagreements with epistemic peers are significant at all, they have ignored a more subtle and more basic significance that belongs to all disagreements, regardless (...) of who they are with—that the opposing party is wrong. It is important to recognize the basic significance of disagreement since it is what explains all manners of rational responses to disagreement, including assessing possible epistemic peers and arguing against opponents regardless of their epistemic fitness. (shrink)

I claim that Aristotle does not make any concession to Socratic Intellectualism in EN VII 1-3. In these chapters, Aristotle intends exactly the opposite, which is to refute the Socratic thesis that attributes to ignorance the cause of akrasia. I understand that Aristotle’s procedure has two parts whose boundaries are demarcated by the introduction of phusikōs argument. In the first part Aristotle shows some ways of having knowledge that do not produces action in order to contradict the Socratic thesis. In (...) the second part is shown how akratic failure takes place and how it is explained by Aristotelian conception of practical knowledge. Thus, by saying in the conclusion to this second part that Socrates somehow was right, Aristotle does not mean to make any concession to Socratic Intellectualism. Rather, he means that the sentence that conveys the Socratic position by itself could be interpreted as correct, but, despite this, it is an important piece of a complete incorrect theory. (shrink)

As neuroscience progresses, we will not only gain a better understanding of how our brains work, but also a better understanding of how to modify them, and as a result, our mental states. An important question we are faced with is whether the state could be justified in implementing such methods on criminal offenders, without their consent, for the purposes of rehabilitation and reduction of recidivism; a practice that is already legal in some jurisdictions. By focusing on a prominent type (...) of view of free action, which I call bypassing views, this paper evaluates how such interventions may negatively impact the freedom of their subjects. The paper concludes that there will be a tension between the goals of rehabilitation and reduction of recidivism, on the one hand, and the negative impact such interventions may have on free action, on the other. Other things equal, the better that a particular intervention is at achieving the former, the more likely it is to result in the latter. (shrink)

People suffering from Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) do things they do not want to do, and/or they think things they do not want to think. In about 10 percent of OCD patients, none of the available treatment options is effective. A small group of these patients is currently being treated with deep brain stimulation (DBS). Deep brain stimulation involves the implantation of electrodes in the brain. These electrodes give a continuous electrical pulse to the brain area in which they are implanted. (...) It turns out that patients may experience profound changes as a result of DBS treatment. It is not just the symptoms that change; patients rather seem to experience a different way of being in the world. These global effects are insufficiently captured by traditional psychiatric scales, which mainly consist of behavioural measures of the severity of the symptoms. In this article we aim to capture the changes in the patients’ phenomenology and make sense of the broad range of changes they report. For that we introduce an enactive, affordance-based model that fleshes out the dynamic interactions between person and world in four aspects. The first aspect is the patients’ experience of the world. We propose to specify the patients’ world in terms of a field of affordances, with the three dimensions of broadness of scope (‘width’ of the field), temporal horizon (‘depth’), and relevance of the perceived affordances (‘height’). The second aspect is the person-side of the interaction, that is, the patients’ self-experience, notably their moods and feelings. Thirdly, we point to the different characteristics of the way in which patients relate to the world. And lastly, the existential stance refers to the stance that patients take towards the changes they experience: the second-order evaluative relation to their interactions and themselves. With our model we intend to specify the notion of being in the world in order to do justice to the phenomenological effects of DBS treatment. (shrink)

The costs of agricultural inputs added to those of labor represent almost a third of the total cost of Brazilian sugarcane production. This study analyzes the behavior of the price per ton of sugarcane in Brazil, relating it to the main production costs of this cultivation. Twelve price indicators from January 2015 to December 2020 were evaluated. First, the data were adjusted to a multiple linear regression model to identify the significant variables on variation in the price per ton of (...) sugarcane. Then, the Monte Carlo simulation was used to measure the level of certainty of occurrence of these variables, and forecasts were obtained from the adjustment of ARIMA models. The results showed the influence of the costs of diesel oil, two agricultural pesticides, and daily laborers on the price of sugarcane, besides an increasing trend of its, providing relevant short-term projections for decision-making about investments in the agribusiness sector. (shrink)

Deep Brain Stimulation (DBS) is a relatively new, experimental treatment for patients suffering from treatment-refractory Obsessive Compulsive Disorder (OCD). The effects of treatment are typically assessed with psychopathological scales that measure the amount of symptoms. However, clinical experience indicates that the effects of DBS are not limited to symptoms only: patients for instance report changes in perception, feeling stronger and more confident, and doing things unreflectively. Our aim is to get a better overview of the whole variety of changes that (...) OCD patients experience during DBS treatment. For that purpose we conducted in-depth, semi-structured interviews with 18 OCD patients. In this paper, we present the results from this qualitative study.We list the changes grouped in four domains: with regard to (a) person, (b) (social) world, (c)characteristics of person-world interactions, and (d) existential stance. We subsequently provide an interpretation of these results. In particular, we suggest that many of these changes can be seen as different expressions of the same process; namely that the experience of anxiety and tension gives way to an increased basic trust and increased reliance on one’s abilities. We then discuss the clinical implications of our findings, especially with regard to properly informing patients of what they can expect from treatment, the usefulness of including CBT in treatment, and the limitations of current measures of treatment success. We end by making several concrete suggestions for further research. (shrink)

Comentaba en el Prólogo a la 1ª edición que nos cuesta distinguir las técnicas de los métodos y aceptar que la buena investigación clínica es la que se realiza con método riguroso. Este método reposa en cuatro pilares: que la pregunta o cuestión formulada sea relevante, que esté enunciada de manera precisa y operativa, que sea abordada o respondida con el mejor medio disponible en cada circunstancia, y que evite redundancias o repeticiones de cuestiones que ya han sido examinadas por (...) otros investigadores. Añadía que es imprescindible una dosis de curiosidad y de entusiasmo por lo que se examina. Como se ha dicho con frecuencia, el ensayo clínico es, entre los métodos de investigación clínica, el "patrón oro", el que, gracias a su característica inherente (la distribución aleatoria), está sujeto a menores posibilidades de sesgos. Esta consideración no ha cambiado. Sin embargo, mayor validez interna del método no implica mayor relevancia de los resultados obtenidos. Actualmente es común examinar protocolos de ensayos clínicos bien diseñados, cuyo "único" problema es que pretenden evaluar aspectos de escaso interés farmacológico, terapéutico, epidemiológico o sanitario. ¿Qué interés tiene la evaluación del quinto fármaco de una serie en una indicación para la que ya hay cuatro análogos que le han precedido en su desarrollo? ¿Qué interés tiene la evaluación de un nuevo hipocolesterolemiante o de un nuevo fármaco para la osteoporosis si no se conocen, respectivamente, el impacto de la hipercolesterolemia como factor de riesgo de cardiopatía isquémica o la epidemiología de las fracturas en mujeres postmenopáusicas en nuestro medio? En relación con estos ejemplos, tendría mucho más interés conocer los determinantes epidemiológicos y la historia natural de la cardiopatía isquémica en nuestro medio y conocer la epidemiología de las fracturas "espontáneas" y su impacto sobre la demanda asistencial; para ello serían de mucha utilidad métodos de investigación cuya validez intrínseca podría ser considerada "subóptima" en comparación con el ensayo clínico. En los últimos años ha irrumpido con fuerza en numerosísimas publicaciones el concepto de la "medicina basada en pruebas". Esta moda refleja en parte la importancia que de manera creciente reguladores e industria farmacéutica han concedido a los ensayos clínicos: se ha alcanzado un consenso global sobre la necesidad de demostrar la "eficacia" de los nuevos medicamentos por medio de ensayos clínicos controlados. De este modo, los organismos reguladores y autoridades sanitarias exigen ensayos clínicos como uno de los elementos necesarios para obtener el registro de un nuevo medicamento. Como consecuencia, se realizan y publican muchos más ensayos clínicos que antaño, y actualmente se pueden encontrar ensayos que sustentan la eficacia de la mayoría de los medicamentos disponibles en indicaciones específicas. Si hace unos años bastaba con examinar si había ensayos clínicos que demostraran la eficacia de un determinado medicamento antes de adoptarlo como uno de los de uso común (o de incluirlo en el formulario de un hospital), en la actualidad estas decisiones son más complejas, y se basan sobre todo en una consideración atenta de los objetivos, los métodos y los resultados de cada ensayo o de otros estudios destinados a evaluar eficacia, seguridad, conveniencia o comodidad y coste. Un buen clínico debe saber a la vez leer críticamente las publicaciones científicas y producir información relevante. Leer críticamente significa evaluar la pertinencia de los problemas investigados, los métodos aplicados y la interpretación de los resultados obtenidos. Producir información relevante implica saber identificar los problemas que deben y pueden ser objeto de investigación, formularlos, y ser protagonista (generalmente como parte de un equipo) de la elaboración del plan de investigación. En los últimos años se han publicado varios textos similares al que tiene en sus manos, todos ellos de gran calidad. El presente no pretende ser el más exhaustivo, sino sobre todo interesar a los profesionales sanitarios en el apasionante campo de la investigación clínica, en su sentido más amplio, estimulando la autonomía del lector para investigar un problema o una situación, y para aprender a leer las publicaciones científicas clínicas. Su lectura debe contribuir a que términos como "doble ciego", "p<0,05", "casos y controles", etc. dejen de ser fetiches-misterios, para convertirse en herramientas conceptualmente sencillas, útiles para la evaluación de la actividad asistencial. Esta nueva edición está muy ampliada respecto a la anterior. Se han reorganizado las generalidades sobre los objetivos y métodos de la investigación clínica, se han ampliado algunos aspectos del ensayo clínico, como el análisis de subgrupos, los aspectos estadísticos y éticos y las publicaciones sobre ensayos clínicos, se han añadido cuatro nuevos capítulos, sobre efectividad y eficacia, metaanálisis, ensayos en un solo paciente y farmacoeconomía, y el Glosario ha sido revisado y ampliado (sobre todo con términos de farmacocinética, desarrollo preclínico de fármacos, estadística y biotecnología genética), e incluye casi 750 términos. Para su elaboración me he basado en numerosos textos y diccionarios,a aunque he reformulado la mayoría de las definiciones y he optado por añadir en ocasiones algún comentario personal a muchas de ellas. Carles Vallvé ha escrito el capítulo sobre Normas de Buena Práctica Clínica. Agradezco asimismo las precisones y comentarios de Eulalia Dalmau, Javier Jiménez, Josep Maria Castel y Xavier Vidal, así como los comentarios a versiones anteriores de Fernando Antezana y Jorleny Rojas. Eduard Diogène me sugirió la idea de la portada, El sueño de la razón produce monstruos, que Goya comentaba así: " La fantasía abandonada de la razón produce monstruos imposibles: unida con ella es madre de las artes y origen de sus marabillas" La 1ª edición de este libro, que fue promovida por Zeneca, tuvo una amplia difusión, en España y en América Latina. AstraZeneca me propuso preparar esta 2ª edición del mismo modo abierto que en ocasión de la primera; su actual Director Médico Ramón Estiarte me ha ayudado en la selección de términos para el Glosario. A él y al anterior Director Médico de Zeneca, Manuel Martín, agradezco su idea inicial, su estímulo y ayuda, y las facilidades que han dado para la difusión de este libro. Joan-Ramon Laporte. (shrink)

A common style of argument in the literature on free will and moral responsibility is the Manipulation Argument. These tend to begin with a case of an agent in a deterministic universe who is manipulated, say, via brain surgery, into performing some action. Intuitively, this agent is not responsible for that action. Yet, since there is no relevant difference, with respect to whether an agent is responsible, between the manipulated agent and a typical agent in a deterministic universe, responsibility is (...) not compatible with the truth of determinism. In response, some theorists have argued that there is a relevant difference, and have developed two sorts of accounts of that difference: bypassing views, and manipulator-focused views. Manipulator-focused views suggest that the difference concerns the presence of a manipulator, whereas bypassing views suggest that the relevant difference concerns the fact that the action issues from attitudes that the manipulated agent acquired in a way that bypassed her capacities for control over her mental life. One sort of case used to decide between these sorts of accounts is a case of machine induction, which is just like a manipulation case, yet the change in the agent is the result of some natural force. Against the received view, Xiaofei Liu argues that such cases pose problems for bypassing views, and favor manipulator-focused views instead. This paper addresses Liu’s arguments, as well as a variety of cases, concluding that cases of machine induction do not provide motivation for a bypassing theorist to adopt a manipulator-focused view. (shrink)

Does DBS change a patient’s personality? This is one of the central questions in the debate on the ethics of treatment with Deep Brain Stimulation (DBS). At the moment, however, this important debate is hampered by the fact that there is relatively little data available concerning what patients actually experience following DBS treatment. There are a few qualitative studies with patients with Parkinson’s disease and Primary Dystonia and some case reports, but there has been no qualitative study yet with patients (...) suffering from psychiatric disorders. In this paper, we present the experiences of 18 patients with Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) who are undergoing treatment with DBS. We will also discuss the inherent difficulties of how to define and assess changes in personality, in particular for patients with psychiatric disorders. We end with a discussion of the data and how these shed new light on the conceptual debate about how to define personality. (shrink)

The growing commercialization of scientific research has raised important concerns about industry bias. According to some evidence, so-called industry bias can affect the integrity of the science as well as the direction of the research agenda. I argue that conceptualizing industry’s influence in scientific research in terms of bias is unhelpful. Insofar as industry sponsorship negatively affects the integrity of the research, it does so through biasing mechanisms that can affect any research independently of the source of funding. Talk about (...) industry bias thus offers no insight into the particular epistemic shortcomings at stake. If the concern is with the negative effects that industry funding can have on the research agenda, conceptualizing this influence as bias obscures the ways in which such impact is problematic and limits our ability to offer solutions that can successfully address the concerns raised by the growing role of private funding in science. (shrink)

Philosophers of science, particularly those working on science and values, often talk about the need for science to be socially responsible. However, what this means is not clear. In this paper, we review the contributions of philosophers of science to the debate over socially responsible science and explore the dimensions that a fruitful account of socially responsible science should address. Our review shows that offering a comprehensive account is difficult. We contend that broad calls for socially responsible science that fail (...) to attend to relevant dimensions are not the solution, as they preclude meaningful changes to research institutions and practices. We conclude that narrower, more explicit accounts are more likely to lead to substantive transformation. (shrink)

The use of genome embryo editing tools in reproduction is often touted as a way to ensure the birth of healthy and genetically related children. Many would agree that this is a worthy goal. The purpose of this paper is to argue that, if we are concerned with justice, accepting such goal as morally appropriate commits one to rejecting the development of embryo editing for reproductive purposes. This is so because safer and more effective means exist that can allow many (...) more prospective parents to achieve the same valued goal and that offer additional benefits. (shrink)

The paper discusses two ways to understand political liberalism. On the one hand, political liberalism may rely on the existence of an overlapping consensus among all reasonable comprehensive views present in our society. On the other hand, we may ground political liberalism on the moral value of equal respect for everyone. The dilemma between a factual identification of an overlapping consensus and a normative appeal to moral values arises at two levels. First, when we fill the content of our political (...) conception of justice. And second, when we require impartiality to fill that content. In the former case, we may argue for a particular conception of justice through normative argument with moral premises, or our political conception of justice might be the area where all reasona-ble comprehensive views overlap. Similarly, we require that citizens offer impartial public reasons because this is what people holding different comprehensive views do think ap-propriate, or because they should consider it so. The author argues that we should define our political conception of justice through impartial normative argument, and that we should ground the demand of impartiality on the moral value of equal respect. (shrink)

The Case of Jim: Jim was arrested arriving at the house of an unattended minor, having brought with him some alcoholic drinks, condoms, and an overnight bag. Records of online conversations Jim was having with the minor give the court strong evidence that the purpose of this meet-up was to engage in sexual relations with the minor. In the course of searching his home computer, investigators also found child pornography. Jim was charged with intent to sexually abuse a child and (...) possession of child pornography. He was given due process, and convicted, by a jury of his peers, on both counts. This is not the first time that Jim has been convicted of a sexual offence. He had been found guilty of possession of child pornography in the past, and served time for it. What should we do with Jim? (shrink)

In this paper we present an overview, with historical and critical remarks, of two articles by S. Jaśkowski ([20, 21] 1948 and [22, 23] 1949), which contain the oldest known formulation of a paraconsistent logic. Jaśkowski has built the logic – he termed discussive (D2) – by defining two new connectives and by introducing a modal translation map from D2 systems into Lewis’ modal logic S5. Discussive systems, for their formal details and their original philosophical justification, have attracted discrete attention (...) among experts. Indeed, in what follows, after having introduced Jaśkowski methodology of building D2 and his main philosophical motivations for providing such a system, we will explore some of the main contributions to the development of D2. (shrink)

Current naturalistic accounts of value face the problem of explaining the normative constraints that value impose on agents. Attempts to solve this problem have progressively relaxed the strictness of naturalistic requirements, up to the point of seeking theistic solutions. However, appeals to God are also problematic, since it is questionable that a relevant notion of God is conceivable at all: if God is wholly other He cannot matter for our choices and if He is a being among natural beings He (...) cannot explain our normative constraints. Engaging a discussion with Fiona Ellis’ treatment of the problem, this essay sketches an account of transcendence, which vindicates the conceivability of a notion of God suitable for the explanation of value. The proposal rests on the possibility of transcendental arguments based on analogy. (shrink)

A new reprogenetic technology, mitochondrial replacement, is making its appearance and, unsurprisingly given its promise to wash off our earthly stains --or at least the scourges of sexual reproduction--, John Harris finds only reasons to celebrate this new scientific feat.1 In fact, he finds mitochondrial replacement techniques (MRTs) so “unreservedly welcome” that he believes those who reject them suffer from “a large degree of desperation and not a little callousness.”2 Believing myself to be neither desperate nor callous, but finding myself (...) also no closer at all – not even after reading his article—to following Harris in welcoming these technologies wholeheartedly, it seems appropriate to respond. (shrink)

Although science is our most reliable producer of knowledge, it can also be used to create ignorance, unjustified doubt, and misinformation. In doing so, agnotological practices result not only in epistemic harms but also in social ones. A way to prevent or minimise such harms is to impede these ignorance-producing practices. In this paper, I explore various challenges to such a proposal. I first argue that reliably identifying agnotological practices in a way that permits the prevention of relevant harms is (...) more difficult than it might appear. I focus on an identifying criterion that many find apt for the task: bad faith motives. I then consider an objection—that reliable criteria are unnecessary to successfully address the concerns raised by agnotological strategies—and I show that it fails. I conclude by exploring other ways of conceptualising the problems attributed to agnotological practices. In particular, I challenge the focus on misinformation as the main problem of concern. (shrink)

Proponents of moral enhancement believe that we should pursue and apply biotechnological means to morally enhance human beings, as failing to do so is likely to lead to humanity's demise. Unsurprisingly, these proposals have generated a substantial amount of debate about the moral permissibility of using such interventions. Here I put aside concerns about the permissibility of moral enhancement and focus on the conceptual and evidentiary grounds for the moral enhancement project. I argue that such grounds are quite precarious.

This paper studies Lamarck's scientific method both from the point of view of his methodological discourse and according to his scientific praxis. Lamarck's methodology is compared to Condillac's as well as to that of the idéologues - a group in which Lamarck is usually included. The analysis of this paper shows that Lamarck's methodological discourse is very similar to Condillac's, but his scientific praxis does not follow this view. Instead of following an empiricist approach, Lamarck's work is grounded upon general (...) metaphysical principles concerning nature. Thus, from the ideologues's point of view, Lamarck's work should have been rejected -and that is what really happened - as being a mere metaphysical system grupo no qual se costuma incluir o próprio Lamarck. Mostra-se que o discurso metodológico de Lamarck assemelha-se ao dos ideólogos; no entanto, sua prática científica não se coaduna com esse enfoque. Em vez de seguir uma abordagem empirista, a obra de Lamarck se fundamenta em princípios metafísicos gerais sobre a natureza. Sob o ponto de vista dos ideólogos, seu trabalho deveria ser rejeitado - o que de fato ocorreu - como um mero sistema metafísico - no sentido pejorativo utilizado pelos seguidores de Condillac. No entanto, o presente artigo argumenta que esse é justamente um importante e inovador aspecto da obra de Lamarck, que permitiu a eclosão do evolucionismo moderno. (shrink)

Philosophers of science have come to accept that contextual values can play unavoidable and desirable roles in science. This has raised concerns about the need to distinguish legitimate and illegitimate value influences in scientific inquiry. I discuss here four such concerns: epistemic distortion, value imposition, undermining of public trust in science, and the use of objectionable values. I contend that preserving epistemic integrity and avoiding value imposition provide good reasons to attempt to distinguish between legitimate and illegitimate influences of values (...) in science. However, the trust and the objectionable values concerns constitute no good reason for demarcation criteria. (shrink)

The aim of this paper is to provide a proof-theoretic characterization of relevant logics including fusion and fission connectives, as well as Ackermann’s truth constant. We achieve this by employing the well-established methodology of labelled sequent calculi. After having introduced several systems, we will conduct a detailed proof-theoretic analysis, show a cut-admissibility theorem, and establish soundness and completeness. The paper ends with a discussion that contextualizes our current work within the broader landscape of the proof theory of relevant logics.

This paper challenges the negative attitudes towards labelled proof systems, usually referred to as semantic pollution, by arguing that such critiques overlook the full potential of labelled calculi. The overarching objective is to develop a practice-based philosophical analysis of labelled calculi to provide insightful considerations regarding their proof-theoretic and philosophical value. To achieve this, successful applications of labelled calculi and related results will be showcased, and comparisons with other relevant works will be discussed. The paper ends by advocating for a (...) more practice-based approach towards the philosophical understanding of proof systems and their role in structural proof theory. (shrink)

En 1968 Raquel Carson comenzaba una revolución en el pensamiento, quizá una de las de mayor peso en la actualidad. En su libro "La primavera silenciosa" acusaba del deterioro ambiental al poder ilimitado del ser humano. La creencia surgida en la modernidad de que todo lo que el hombre decidía era en sí mismo lo mejor por haber sido fruto de una voluntad libérrima, daba primacía y legitimidad absoluta a su acción sobre la naturaleza. Surgieron con gran fuerza numerosos grupos (...) ecologistas que adoptaron un pensamiento que responde al nombre de "ecología profunda" o "Deep Ecology" descrito por primera vez por Arme Naess en un artículo publicado por la revista Inquiry y titulado "The Shallow and the Deep, Long Range Ecology Movement". Los principios que proponía este movimiento (Naess 1984) pueden ser resumidos en ocho grandes puntos: 1) la vida de los seres no humanos es un valor en sí: 2) la riqueza y la diversidad de estas formas de vida son también valores en sí; 3) los seres humanos no pueden intervenir de manera destructiva en la vida; 4) a este respecto, la intervención humana actual es eminentemente excesiva; 5) por consiguiente, las reglas de juego deben ser radicalmente modificadas; 6) esta modificación radical debe hacerse tanto a nivel de las estructuras económicas como de las estructuras ideológicas y culturales; 7) a nivel ideológico, el cambio principal consiste en apreciar más la calidad de la vida que el goce de los bienes materiales; 8) las personas que acepten estos principios tienen la obligación de contribuir, directa o indirectamente a la realización de los cambios fundamentales que aquellos implican. (shrink)

While various definitions of moral distress have been proposed, some agreement exists that it results from illegitimate constraints in clinical practice affecting healthcare professionals’ moral agency. If we are to reduce moral distress, instruments measuring it should provide relevant information about such illegitimate constraints. Unfortunately, existing instruments fail to do so. We discuss here several shortcomings of major instruments in use: their inability to determine whether reports of moral distress involve an accurate assessment of the requisite clinical and logistical facts (...) in play, whether the distress in question is aptly characterized as moral, and whether the moral distress reported is an appropriate target of elimination. Such failures seriously limit the ability of empirical work on moral distress to foster appropriate change. (shrink)

¿Como llegamos hasta este punto en que la democracia tal como la conocimos en las últimas cuatro décadas corre peligro? Las intervenciones de Martín Plot, recorriendo los conflictos centrales de los últimos 12 años de la política argentina, ofrecen una respuesta. En un nivel que podemos llamar discursivo con la condición de entender que el autor retiene en ese nivel todos los hechos económicos, sociales y políticos relevantes del período, podrán captarse, junto a la reaparición de la virulencia del autoritarismo (...) liberal, los efectos trágicos de la captura del progresismo y el peronismo en un faccionalismo excluyente escenificado como hostilidad a la renovación de figuras, ideas y repertorios políticos. Pero al mismo tiempo, bajo la argumentación precisa y al mismo tiempo poética de los textos, podremos discernir una arquitectura que funda un poderoso y poco discutido punto de mira sobre el proceso político: la concepción de éste como una disputa acerca del régimen político-constitucional – entendida como una disputa social por su interpretación – que se une al uso operativo de lo más actual de la filosofía política para entender la coyuntura. (shrink)